quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

O Primogênito

O PRIMOGÊNITO
Use a lógica
Os religiosos adeptos da mariolatria - veneração de Maria - normalmente se esquivam  de 
conhecer a história verdadeira desta mulher que foi a mãe de Jesus. A Bíblia fala pouco dela, 
mas o suficiente para colocá-la como participante do projeto de Deus para a salvação da 
humanidade. Seu papel de mãe de Jesus foi realmente uma responsabilidade que ela, por ser 
temente à Deus, cumpriu com alegria... e dor! Mas não fala nada de uma suposta "virgindade 
eterna" ou dela ser "mãe de Deus". Tais ideias não vem da Bíblia mas de meras tradições 
inventadas por homens.



A palavra "Primogênito" significa "Primeiro nascido". Ela é aplicada geralmente ao primeiro filho de um casal, caso tenham mais um filho.
Se um casal tem apenas um filho, este não pode ser chamado de 'primogênito', pois não há irmãos para dar sentido à palavra. Nesse caso ele é chamado de 'unigênito'. 'único filho', ou mesmo de 'o filho'.
Assim, Jesus foi o "primogênito" de Maria, sua mãe. Isso significa que ela teve outros filhos depois dele. A Bíblia é clara sobre isso em Lucas 2:7, onde lemos:
.
"E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria." - Versão bíblica católica Ave Maria 

Não há o que interpretar nesse texto, que deve ser lido e entendido como está escrito. No entanto muitos líderes religiosos o deturpam para lhe dar sentidos que não coadunam com a lógica do que foi escrito.
 Alguns, na incapacidade de contradizer tal texto, mesmo com interpretações particulares, chegam à dizer que "a Bíblia foi mudada" (como se a palavra de Deus pudesse ser mudada pelo homem). Dizendo que a Bíblia foi "mudada", procuram deturpar tal entendimento simples e verdadeiro sobre a natureza de Maria como mulher casada e mãe de família.


Um padre, chamado Paulo Ricardo, por exemplo, sempre belicoso para com os "protestantes", ensina que "nem tudo está na Bíblia" e que 'tudo está na Igreja', colocando assim a Bíblia em segundo plano. Incapaz de fornecer interpretações convincentes dos textos bíblicos (exceto para quem não raciocina sobre assuntos bíblicos) ele costuma citar como 'último argumento' que "o magistério da Igreja assim definiu".
E no caso da alegada virgindade de Maria, mesmo após seu casamento ele diz que "é porque a igreja diz que é", e nada mais que isso!

Parece-lhe isso com uma explicação lógica para textos bíblicos? Ou uma imposição de uma interpretação na qual não se admite raciocínios?



Publicado originalmente no grupo Taubaté - SP em 17 de dezembro de 2016 aqui
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SUFOCADO OU ESTRANGULADO?

SUFOCADO OU ESTRANGULADO?
Qual a Palavra Correta?
Atos 15:20 - A Questão do Sangue
Galinha estrangulada em casa. Modo caseiro de matar galinhas para o almoço. 
A galinha era colocada de cabeça para baixo para seu sangue escorrer, antes de ir 
pra panela. Alguns religiosos, interpretando equivocadamente Atos 15:20, evitam 
comer a carne de frangos por causa do termo usado na Bíblia


Diferenças nas Palavras
"Sufocar" pode significar "abafar" ou mesmo "vencer". De forma que este verbo pode dar margem à interpretações equivocadas se usado em textos bíblicos. Não se encaixa, por exemplo, em Atos 15:20 que leva o seu sujeito ("sufocado"). Nesse texto, tanto a versão bíblica católica Ave Maria como a versão "evangélica" João Ferreira de Almeida (atualizada) usam a frase "carne sufocada" para se referir às carnes que não podiam ser comidas pelos cristãos.
Já o verbo "estrangular" se refere estritamente ao que pretende dizer o texto acima citado. Se refere à animais estrangulados que não deviam ser comidos. A versão Novo Mundo, das Testemunhas de Jeová usam corretamente a palavra "estrangulado" no texto, não dando margem para interpretações particulares e de conveniências.
Mais quais seriam essas carnes que os cristãos não podiam comer?

A Questão do Sangue
Bem cedo, na humanidade, Deus proibiu que se comesse sangue. Antes de haver a Lei Mosaica e logo depois do Dilúvio Ele disse a Noé: "Somente a carne com a sua alma — seu sangue — não deveis comer" - Gênesis - 9:4. Por quê? O próprio Deus explica (Leia Gênesis 9:5,6). 
Para Deus o sangue é sagrado a tal ponto que até o sangue dos animais ofertados à Ele em sacrifícios tinha que ser eliminado. E Ele especificou isso, detalhadamente na Lei. Leia três exemplos desta especificação: Êxodo 34:25, Levítico 1:15 e Levítico 7:26,27.
Assim, exceto o de fazê-lo retornar ao solo, os israelitas não podiam comer ou usar o sangue para qualquer outro fim, quer fosse de seres humanos quer fosse de animais.


Os Cristãos e o Sangue

Mas o que dizer dos Cristãos? Será que com a vinda de Cristo, que colocou fim na Lei Mosaica, substituindo-a pela Lei do Cristo (Gálatas 6:2), a questão do sangue mudaria?
Não. Apesar de muitos mandamentos da Lei Mosaica terem sido abolidos (a Lei do sábado, por exemplo, não vigorava mais para os cristãos. Cristo curava nos sábados), no que toca ao sangue (bem como à adoração de imagens e da fornicação (ou prostituição) ela continuou valendo, conforme lemos no texto de Atos 15:20:
"...mas escrever-lhes que se abstenham das coisas poluídas por ídolos, e da fornicação, e do estrangulado, e do sangue." Atos 15:20 - Versão Novo Mundo das Escrituras Sagradas
Essa foi uma decisão cristã, tomada pelos Apóstolos e anciãos, sediados em Jerusalém, no início do cristianismo para resolver questões quanto ao que ainda estava ou não valendo da antiga Lei Mosaica e incluía também a questão da circuncisão (Atos 15:1,2).
Essa decisão cristã quanto á proibição do sangue voltou a ser confirmada mais tarde (Atos 21:25) como aviso aos convertidos oriundos de outras nações que não fossem dos judeus - Leia também Atos 15:29.


Interpretações Equivocadas
Apesar deste claro entendimento bíblico sobre essa questão, muitos tendem hoje a diferenciar o verbo "comer" de "receber" no caso do uso medicinal do sangue. No fundo é a mesma coisa. Receber sangue é o mesmo que comer, uma vez que tudo o que entra no corpo, quer seja pela boca quer seja por injeção, segue o mesmo caminho e se mistura com o sangue interno como alimento.
Assim, embalados por propagandas sensacionalistas e sentimentais que confundem "doação de sangue" com "ato de amor", acabam rejeitando o caráter sagrado do sangue e a ordem divina para não se fazer uso dele em hipótese alguma.


Que dizer do "estrangulado" ou da "carne sufocada" como dizem alguns? 
Os animais estrangulados, nos tempos bíblicos eram normalmente aqueles feitos no ato em que eram mortos, sem o devido preparo para se lhe retirar cerimonialmente o sangue, como faziam os judeus e os cristãos. Os cristãos não deviam comer carnes de procedência duvidosa, já que os pagãos não se preocupavam em limpá-las cerimonialmente do sangue.
Alguns hoje levam o texto ao pé da letra e evitam comer carnes, mesmo sendo limpas de sangue, só porque vieram de animais mortos por estrangulamento (como no caso dos frangos caseiros).
E alguns mais fanáticos insistem no termo "sufocado" em vez de "estrangulado" só porque está assim vertido na versão bíblica que usam. Nesse caso, o termo "sufocado" (usado nas versões católicas e "evangélicas" da Bíblia) deveria ser usado também para os peixes, que morrem sufocados ao serem retirados da água.
Mas não se tem indícios de que peixes são proibidos aos cristãos.



Publicado originalmente no grupo Taubaté - SP em 20 de dezembro de 2016 aqui:

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O PAGANISMO DO NATAL

O PAGANISMO DO NATAL
Representação de pastores vivendo no campo e cuidando de ovelhas por ocasião do 
nascimento de Cristo, conforme relatado por Lucas (capítulo 2, versículo 8). Isso seria 
impossível em dezembro, mês de rigoroso inverno, mas não em outubro, na época em 
que ele realmente nasceu


O PAGANISMO DO NATAL
O Natal, a festividade mais conhecida do mês de dezembro que domina praticamente o mundo todo - principalmente o mundo cristão - nada tem de "cristão". Ao contrário do que afirmam os líderes religiosos auto-denominados "cristãos" (tanto católicos como protestantes), o Natal é uma festividade inteiramente retirada do paganismo e implantada nos sistemas de adoração da cristandade. Além disso o Natal nesses sistemas religiosos é floreado com novos mitos (como o Papai Noel, por exemplo).


A DATA: 
Começa pela data em que é comemorado, dia 25 de dezembro. Esta data foi imposta como a do nascimento de Cristo. Mas Cristo não nasceu em dezembro. Se ele foi morto em abril aos 33 anos e meio, logo ele nasceu em algum dia do mês de outubro. Além disso o dia exato do nascimento do Cristo não é importante, caso contrário seria mencionado na Bíblia.
Quando Jesus nasceu, segundo o relato de Lucas (2:8) "havia pastores vivendo no campo e cuidando de ovelhas à noite". Isso significa que não era inverno, época em que seria impossível viver ao ar livre e de noite. No inverno (dezembro) os pastores se abrigavam em suas casas junto com suas ovelhas e não no rigoroso inverno.Eles ficavam no campo somente nos agradáveis meses que antecediam o inverno.
É certo que os cristãos pós Cristo não comemoravam o nascimento de Cristo, pois não há relato bíblico sobre isso. E a data (25/12) do suposto nascimento de Cristo é, não dos cristãos verdadeiros, mas de uma cristandade já decadente - segundo declara a Enciclopédia Americana -  do início do Século IV. E qual foi a influência para se adotar tal data? A própria Nova Enciclopédia Católica nos fornece a explicação: "Em 25 de dez. de 274, [o imperador romano] Aureliano tinha proclamado o deus-sol [Mitra] o principal padroeiro do império. . . O Natal originou-se numa época em que o culto ao sol era especialmente forte em Roma.”


A COMEMORAÇÃO
Se a data do Natal é uma data pagã, por que dizer que ele é "cristão"? E o que dizer da forma como é comemorado?
Segundo a literatura de referência (enciclopédias), tudo o que se faz na época do Natal, desde o enfeite de árvores, as trocas de presentes e as ceias noturnas, também se originaram de costumes pagãos. Eles nada têm que ver com Cristo ou com o modo de vida cristão. Pelo contrário, o Natal continua sendo a continuação das Saturnais romanas.
A Enciclopédia de Religião e Ética diz: “A maioria dos costumes cristãos que agora prevalecem . . . não são costumes genuinamente cristãos, mas são costumes pagãos que foram assimilados ou tolerados pela Igreja. . . . As Saturnais de Roma forneceram o modelo para a maioria dos costumes felizes [divertidos] da época do Natal. Esta antiga festa romana era celebrada em 17-24 de dezembro.


O NATAL MODERNO
Trata-se de puro comércio com um fundo religioso.
Quando chega a época do natal, ouvimos algumas pessoas dizerem: ‘Voltemos ao verdadeiro significado do Natal’, ou “Vamos pôr de novo Cristo no Natal’. Mas é preciso saber que o significado original do Natal é uma celebração pagã da natureza, e que Cristo jamais esteve no Natal. Deforma que comemorar o Natal é o mesmo que festejar pela abertura de uma loja... que não foi aberta!
Que dizer de alguns de denunciam a comercialização do Natal? Eles reconheceram que o ambiente festivo e os presentes dados ao se celebrar as saturnais significam negócios para os comerciantes. Tal costume estava presente nas antigas festividades pagãs romanas do Solstício de Inverno. Assim, já por milhares de anos, o Solstício do Inverno continua sendo comercializado.


O RESISTENTE PAGANISMO
Face ao seu flagrante paganismo, em 1643, o Parlamento da Inglaterra chegou até a banir o Natal. Porém, mais tarde, obviamente por motivos financeiros, o restaurou. Em 1659, foi igualmente banido em Massachusetts, EUA, mas também ali foi mais tarde restabelecido. A publicação católica U.S. Catholic relata: “Visto que os cristãos, nos EUA . . . associavam o Natal com os costumes pagãos, eles não celebraram o Natal em grande estilo, senão depois de meados do século 19.”
De fato foi só depois da Revolução Industrial, com o possível acumulo de bens materiais, que as pessoas se rederam de vez ao negocio do Natal, pouco se importando se era ou não pagão. E a hipocrisia dessa comemoração tem atingido níveis altíssimos nos dias atuais, incluindo até missas encomendadas (e pagas) para a ocasião.
O que deve fazer o verdeiro cristão que sabe que o natal tem essa origem pagã?

A DECISÃO É SUA

Quer comemorar o Natal, mesmo depois de saber sobre o paganismo, a mentira e a hipocrisia contida nele? A decisão é sua. Saiba porém que estará sendo mais hipócrita do que aqueles que comemoraram o natal sem saber ainda essas coisas dele. E saiba também que estará à serviço de deuses pagãos (inexistentes) e não de Cristo ou de Seu Pai.



Publicado originalmente no grupo Taubaté -SP em 10 de dezembro de 2015 aqui:

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O Dízimo

O Dízimo
livreto católico que incita às crianças, mediante interpretações forçadas, 
à pagarem o chamado “Dízimo Mirim” retirando assim, ainda mais 
dinheiro das famílias. O apetite das igrejas por dinheiro é semelhante 
ao do político: Não tem fim. Usando de interpretações, transforma-se 
todos os textos bíblicos, inclusive simples diálogos, em “obrigações do 
dízimo”. É como se a Bíblia fosse um mero “livro-caixa” 
na mão dos líderes religiosos


Prólogo
As igrejas de hoje, tanto católicas como protestantes, cobram o dízimo dos fieis. Afirmam que o dízimo que cobram é “baseado na Bíblia” e, portanto, “uma obrigação do cristão”. 
Alguns líderes religiosos, desconsiderando todas as outras observações de Cristo sobre o comportamento cristão no que toca o desapego ao dinheiro, afirmam que o pagamento do dízimo é “a principal condição para se conseguir seus objetivos aqui na Terra antes de ir para o céu após a morte”. Outros resumem a vida dos fieis em “orações e pagamentos de dízimos”, fazendo com que a relação com Deus seja uma simples questão de pagamentos mensais à uma Igreja.
Há determinadas denominações religiosas, em especial as denominadas “evangélicas”, que até punem os fieis que não pagam o que lhes é exigido. Chegam ao ponto de fazer os fieis assinarem 'compromissos' de dívidas, cobrando-os depois na Justiça e sujando-lhes o nome como devedores comuns. Outros líderes religiosos, hipocritamente dizem não cobrar o dízimo, mas exercem forte pressão sobre os fieis no sentido de que se não estão pagando “
não são cristãos”, a ponto de fazer com que os outros membros da igreja lhes tratem mal. Qual a diferença de uma cobrança formal e outra informal? Nenhuma.

Será que a vida daqueles que hoje procuram por uma relação com Deus é condicionada á pagamentos mensais? O dízimo cobrado hoje é realmente baseado na Bíblia? Deus “exige” – conforme dizem alguns – o pagamento do dízimo, como uma principais das condições para ser cristão? Havia punições para quem não pagasse o dízimo dos dias da Lei de Moisés? Essas e outras perguntas vão ser respondidas nesta matéria.


1ª Parte 
O Dízimo Bíblico
Representação de Aarão, irmão de Moisés. Entre os israelitas ele, como sacerdote, 
e seus descendentes, não possuíam herança na terra prometida e como cuidavam 
exclusivamente dos  serviços sacerdotais no tabernáculo, tinham que ser mantidos 
pelos outros membros do povo. Esta foi a Lei do Dízimo. Mas quando este sacerdócio 
terminou com a vinda de Cristo, acabou-se também a Lei do Dízimo.


Se compararmos o Dízimo bíblico, com aquilo que chamam de “dízimo” nos dias atuais, veremos que um nada tem a ver com o outro. 
A Lei do Dízimo bíblico não era produto de interpretações de textos bíblicos aleatórios da história do povo hebreu. Foi clara e detalhadamente escrita para ser lida, entendida literalmente e executada nos mínimos detalhes por todo o povo. Tinha a ver somente com o sacerdócio israelita, previsto na Lei mosaica dos tempos anteriores à Cristo e tinha que ser cumprida integralmente. Mas cumpri-la nos dias atuais é impossível. Por exemplo, o dízimo, que na verdade eram ‘dois dízimos’, eram pagos uma vez por ano com produtos da terra (e não com dinheiro) para sustentar os levitas e o sacerdócio aarônico (que incluía todos os parentes destes). Os dízimos não eram pagos durante os “anos sabáticos” (Levítico 25:1-12). Existem anos sabáticos, levitas e sacerdócio aarônico nos dias atuais?
E como eram esses “dois dízimos”? Em uma análise deles, verifica-se que o “dízimo” atual não pode ser baseado neles, e que portanto, trata-se de uma interpretação bem superficial da palavra que o define. Vejamos:

1º Dízimo - Pago uma vez ao ano com produtos da terra colhidos e do aumento (não do total) do rebanho durante o ano, para sustentar os membros da família dos levitas porque não tinham parte na herança na terra dos israelitas, Os levitas, por sua vez, também pagavam 10% do dízimo do que recebiam ao sacerdócio aarônico - Levítico 27:30-32; Números 18:21, 24 e Números 18:25-29
Caso um israelita preferisse pagar em dinheiro em vez de produtos da terra, era-lhe estipulado mais 1/5 do valor dos produtos. - Levítico 27:31.

2º Dízimo – Era guardado, também em mantimentos e gado, não com o sacerdócio, mas com a própria pessoa, a cada ano. Depois tudo era unido para o usufruto de todos os israelitas quando estes compareciam às festividades nacionais em Jerusalém. - Deuteronômio 12:4-7, 11, 17, 18 e 14:22
Este dízimo era usado também para outro fim: No fim de cada terceiro e de cada sexto ano do ciclo sabático de sete anos, este dízimo, em vez de ser usado para custear as despesas nas festividades nacionais, era destinado ao sustento dos residentes forasteiros, das viúvas e dos meninos órfãos de pai na comunidade local. — Deuteronômio 14:28, 29; 26:12.

Não havia Punições

Sob a Lei não existia pena estipulada para ser aplicada à pessoa que deixasse de pagar o dízimo. Deus colocou todos sob forte obrigação moral de dar o dízimo; no fim do ciclo de três anos de pagamento de dízimos, exigia-se deles confessar perante Ele, Deus, mediante oração, (e não à um sacerdote) que os dízimos haviam sido pagos integralmente. (Deuteronômio 26:12-15) Qualquer coisa retida incorretamente era considerada algo roubado de Deus, algo que o sacerdócio não poderia saber — Malaquias 3:7-9. Era uma questão de consciência. 
Assim, não haviam cobranças, expulsões, advertências ou mesmo comportamento indiferente dos vizinhos por causa do dízimo. O peso na consciência do israelita já era a sua punição.

Há alguma semelhança do dízimo bíblico com o que se chama de “dízimo” nos dias atuais, cobrado sempre em dinheiro à cada vez que alguém recebe, indo o dinheiro direto para a conta de alguém, que não é levita, nem do sacerdócio aarônico e nem participa das festividades nacionais do antigo Israel? Nenhuma.


Consequências do pagamento de Dízimos
Palácio” do “Bispo” de Guaxupé, sul de Minas Gerais. Ao contrário do antigo 
sacerdócio aarônico (que não tinha terras e nem renda e vivia modestamente), 
os líderes religiosos atuais, embora digam, hipocritamente, que fazem "votos de pobreza", 
são milionários e moram em suntuosos ‘palácios’, enquanto o povo que lhes mantém 
mora não raro em favelas. Era o dízimo bíblico usado para enriquecer pessoas ou financiar luxuosas moradias? Não. O dízimo bíblico era usado justamente para fazer o contrário: 
fornecer fartura ao povo e não ao sacerdócio. Assim, o chamado “dízimo” atual nada 
mais é do que uma fonte de renda pessoal, que nada tem a ver com o verdadeiro 
propósito do que foi o dízimo bíblico

Conforme vimos, o dízimo bíblico (pago em mantimentos alimentícios) não era um “dinheiro para Deus”, conforme os líderes religiosos de hoje em dia dizem. Deus não precisa de dinheiro. E nem era “dinheiro para a igreja”. Lugares não precisam de dinheiro (o tabernáculo do sacerdócio judaico, quando a Lei foi dada ao povo, era uma simples tenda). Dentro do dízimo bíblico, quem precisava de mantimentos, e não de dinheiro, eram pessoas.
E o dízimo bíblico foi uma forma do povo de, não enriquecer, mas manter nutrido o sacerdócio aarônico, para seu próprio benefício.
Quando o povo israelita se tornava negligente quanto à dar o dízimo, o sacerdócio sofria. Por quê? Tanto o sacerdócio quanto os levitas se viam obrigados a gastar seu tempo em serviço secular para se manterem, e, consequentemente, não sobrava tempo para seus serviços ministeriais. (Neemias 13:10) Tal infidelidade tendia a produzir um declínio na adoração verdadeira que o povo devia ter. Como o dízimo estava sob supervisão direta de Deus e não de homens, tal atitude levava á frustração e a escassez.
Por outro lado, quando Israel era fiel à Lei e incluía o dízimo entre suas obrigações, administradores justos o restabeleciam para os levitas. Passava então a haver progresso e fartura para todo o povo embora o próprio sacerdócio se mantivesse no mesmo nível de posses — Amós 4:4, 5; 2ª Crônicas 31:4-12; Neemias 10:37, 38; 12:44 e 13:11-13.

Há alguma semelhança disso com o que se faz nas igrejas de hoje? Não. É comum vermos líderes religiosos milionários enquanto os fieis que lhes dão dinheiro ficam sempre esperando por um “
retorno” que fica somente na promessa e nunca vem.
Promessas, aliás são as únicas coisas oferecidas, nos dias atuais, em troca de “dízimo”. Depois que nada é conseguido, os líderes religiosos colocam a culpa nos fieis, dizendo que “
não tiveram fé suficiente”. É justo isso?
Nos dias de Moisés, quando a Lei do Dízimo estava em vigor, o retorno era imediato. De que forma? O povo sabia que pagava o dízimo somente para manter o seu serviço sacerdotal em dia, e através dele ser abençoado, de forma imediata, por Deus. E isso nunca falhava.


2ª Parte 
O Fim da Lei do Dízimo
Uma das mansões de um líder religioso dito “evangélico” (Valdemiro Santiago), em 
um condomínio de milionários de são Paulo, avaliada entre 7 e 10 milhões de reais. 
Iguais à ele, vários outros líderes religiosos juntam fortunas dizendo que cobram o 
dízimo em bases bíblicas. Os fieis lhe dão dinheiro pensando estarem fazendo a 
vontade de Deus. Fazem isso por que não sabem que o verdadeiro dízimo bíblico não 
existe mais como obrigação. Nos tempos de Moisés, o dízimo fornecia fartura ao povo e 
não ao sacerdócio. Mas os pagadores de dízimos hoje em dia nunca ficam ricos e não raro 
vão à miséria por darem o que tem à outros


Os Cristãos, a Partir de Cristo, Pagavam Dízimo?
Em nenhuma ocasião se ordenou aos cristãos do primeiro século pagarem dízimos conforme era pago pelos antigos israelitas. Se o objetivo da Lei dos dízimos, era sustentar o templo e o sacerdócio de Israel; consequentemente, a obrigação de pagar dízimos cessou quando aquele pacto da Lei mosaica chegasse ao fim, cumprido, por meio da morte de Cristo na estaca de tortura. (Efésios 2:15; Colossenses 2:13, 14). Com o novo pacto de Cristo, a antiga Lei foi cumprida e os cristãos não mais estariam sob sua obrigação – e isso incluía também o pagamento de dízimos.
Alguns argumentam que os Levitas continuaram a exercer o sacerdócio judaico depois de Cristo, até que este foi destruído em 70 EC. Mas tal argumento justifica a manutenção do dízimo judaico para os cristãos? De maneira nenhuma. A partir de 33 EC, os cristãos tornaram-se parte de um novo sacerdócio espiritual que não era sustentado por dízimos. — Romanos 6:14; Hebreus 7:12 e 1ª Pedro 2:9. E os cristãos, pessoas vindas não só do povo judaico, mas de todos os outros povos, não poderiam fazer parte de dois sacerdócios aos mesmo tempo. Seria ilógico continuar com esse aspecto da Lei uma vez que, para os cristãos, não existe mais o sacerdócio aarônico, nem a classe levítica.

É interessante notar que no dízimo cobrado hoje pelos religiosos que se dizem cristãos, não se exige nada das obrigações ligadas ao verdadeiro dízimo bíblico – que eram a sua essência. Por exemplo: Não se diz para os cristãos irem à Jerusalém (localizada hoje no atual Israel) uma vez ao ano, para as festividades nacionais judaicas. Mas isso era, depois da manutenção do sacerdócio aarônico, o principal objetivo do dízimo.
Ao invés disso, os líderes religiosos apenas pedem o dinheiro dizendo que “
é bíblico”. E o pagador enganado dá o seu dinheiro, pensando estar “de acordo com a a Bíblia", mesmo sem conhecer o verdadeiro destino dele.


3ª Parte

Como Seria o Verdadeiro Dízimo 
nos Dias Atuais?

Representação do que seria o Templo de Salomão, único lugar que abrigava os 
serviços do sacerdócio aarônico na Terra.. Tanto a reconstrução deste como uma 
"volta" do sacerdócio que nele funcionava seria impossível, para não dizer embuste. 
E qualquer esforço para trazer essas coisas de volta seria como negar o cristianismo


Pelo considerado acima, é impossível para uma pessoa de hoje pagar o verdadeiro dízimo bíblico. Da mesma forma seria impossível para qualquer pessoa receber tal dízimo, caso fosse feito nas bases bíblicas. Qualquer tentativa seria então, antibíblica.
Para começar, o pagador teria que se tornar israelita e as classes sacerdotais aarônica e levita teriam que voltar. A classe sacerdotal judaica era formada apenas pelos descendentes de Levi e Arão - e não podia ser diferente disso. 
Nos dias atuais não se sabe mais sobre essas descendências porque os romanos destruíram os registros judaicos em 70 EC, a partir do que os judeus se espalharam pelo mundo. Ou seja: Mesmo para os atuais judeus de Israel, que dizem viver ainda "sob a Lei", seria impossível a restauração do sacerdócio e do dízimo.
Mas vamos supor que se inventasse um novo sacerdócio aarônico, que justificasse um novo pagamento de dízimo. Quais as consequências? Justificaria a cobrança? 

Com uma suposta recriação do antigo sacerdócio judaico, o templo de Salomão, onde ficava a 'Arca do Pacto' (Josué 3:6), teria que ser reconstruído em Jerusalém, pois é o único local onde tal sacerdócio estava divinamente autorizado a funcionar. Mas isso significaria o fim do Muro das Lamentações (o que restou do templo), que é um lugar sagrado para o atual judaísmo, e, por causa dele, nem mesmo os judeus mais ortodoxos pensariam em reconstruir o antigo templo. E mesmo que isso acontecesse, o templo só serviria para abrigar a "Arca". Mas a Arca esta se perdeu nos tempos do Rei Josias (uns 640 anos antes de Cristo) e nunca mais foi encontrada e nem substituída. 
A antiga Lei mosaica teria que voltar a vigorar no templo para que se cobrasse o dízimo, trazendo de volta os sacrifícios de animais, parte obrigatória da Lei. Mas isso seria uma rejeição ao sacrifício do “cordeiro perfeito”, mencionado por João (João 1:29) como o “sacrifício resgatador” da humanidade, que substituiu esses sacrifícios. De forma que, com o retorno de tais sacrifícios, o termo "cristão", ou os que acreditam no sacrifício resgatador de Cristo, seria renegado. 

Assim, pagar o “dízimo” à alguma igreja nos dias atuais é o mesmo que dizer-se não cristão. 
Mas como foi que o "dízimo" passou a ser parte integrante das denominações religiosas – notadamente aquelas que se dizem “cristãs - de hoje? Será que são sinceras, pensando estarem de acordo com a Bíblia, as pessoas que cobram tal tributo, ou é puro engodo? 

Esta pergunta será respondida oportunamente. 




segunda-feira, 3 de outubro de 2016

As Viagens Missionárias de Pedro - 1ª Parte: A questão da Localidade

As Viagens Missionárias de Pedro
Mapa das viagens missionárias de Pedro narradas em Atos. Nelas Pedro sempre permaneceu perto de Jerusalém.


- Prólogo -
Muito se fala em Viagens Missionárias de Paulo. Mas nunca se menciona as viagens Missionárias de Pedro, que, semelhante a Paulo, também era pregador viajante. Neste assunto, dividido em partes, vamos tratar delas.
As viagens missionárias de Pedro fornecem indicativos de que ele, contrariando o que ensina a tradição, nunca esteve em Roma.
Baseadas no livro de Atos, que detalha o início do cristianismo, as missões de Pedro indicam que ele não saiu de perto de Jerusalém até o ano de 62, quando ele já se encontrava em Babilônia.
Um simples exame do livro de Atos também desmonta o argumento de uma suposta "transferência de Jerusalém para Roma da sede em 70 EC", pois Jerusalém ainda não havia sofrido a destruição por Roma, quando Pedro escreveu suas cartas por volta de 62 a 64 EC. Roma ainda não era uma ameaça perigosa e Pedro, junto com os outros Apóstolos, estava baseado em Jerusalém de onde era enviado em viagens missionárias (Atos 1:4: "não saiam de Jerusalém").
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- Pedro Chamou Roma de Babilônia? -
Sem examinar o livro de Atos, os católicos dizem que quando Pedro falou que estava na Babilônia (1ª Pedro 5:13) estava "querendo dizer" que estava em Roma.
Por incrível que pareça, toda a fé católica depende dessa única interpretação. Pois é com ela que a Igreja Católica afirma "provar" que Pedro "fundou a igreja em Roma". Caso isso não se sustente, a igreja encontraria-se em sérias dificuldades dogmáticas.
Será que tal afirmação corresponde aos fatos? Por que Pedro chamaria Roma de Babilônia ao passo que outro apóstolo (Paulo), escrevendo simultaneamente às cartas de Pedro não a chamou assim?
A resposta é simples: Trata-se de pura interpretação, ou seja, transforma-se uma frase em outra a fim de adaptá-la ao que se quer ensinar.
Mas, se é mera interpretação, como podemos ter certeza de que Pedro não chamou Roma de Babilônia e que ele realmente estava em Babilônia, ao oriente de Jerusalém e não no Ocidente (em Roma)? Vejamos alguns motivos:
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- 1) "Codificação" Desnecessária -
Um dos motivos é que nenhuma das cartas bíblicas, escritas por outros Apóstolos codifica cidades ou qualquer outra coisa. Todas as cartas bíblicas são relatos autênticos, simples, de conselhos diretos e escritas para qualquer pessoa ler e entender.
O apóstolo Paulo, por exemplo, escreveu diretamente aos romanos pouco anos antes de Pedro escrever suas cartas. O livro bíblico "Romanos" foi escrito em Corinto no ano de 56 EC, quando a situação política do Império era a mesma da época da carta de Pedro.
Depois de escrever aos romanos, Paulo escreveu diretamente de Roma, à Timóteo entre os anos 61 à 65, ou seja "depois" das cartas de Pedro. Nestas cartas Paulo menciona nominalmente Roma (2ª Timóteo 1:17).
Qual então seria a razão para Pedro "disfarçar" ou "codificar" (como alegam alguns teólogos) o nome da cidade? Nenhuma. Se assim o fizesse causaria confusão ao invés de esclarecer seus leitores.
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- 2) Cartas Para Os Destinatários Certos -
Outro motivo era a localização dos destinatários das cartas de Pedro.
Nelas se declara que foram escritas para os "cristãos espalhados", que estavam nas províncias ao norte de Babilônia e na Ásia ao oriente (1ª Pedro 1:1). Lugares bem longe de Roma, porém perto de Babilônia.
Os povos das cidades que deveriam ler as cartas (nominalmente Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia) possuíam populações semelhantes a de Babilônia e diferente dos romanos no modo de pensar religioso. Eles eram judeus, ao passo que os romanos eram gentios.
Não há sentido em dizer que Pedro iria para Roma e, de lá, escreveria para povos tão distantes de onde estava e diferentes de seu foco de pregação. O teor das cartas de Pedro mostra claramente que ele se dirigia à judeus e não à gentios.
Devido à esta incongruência o historiador eclesiástico (da Igreja), francês, Louis Ellies Dupin (1657-1716) escreveu: "Como poderiam aqueles a quem escreveu entender que Babilônia significava Roma?” Isso lhe causou a perseguição por parte da Igreja e ele foi "banido".
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- 3) Pedro Pregava Aos Judeus Circuncisos -
Qual era o foco de pregação de Pedro? O apostolado de Pedro era junto aos judeus "circuncisos" enquanto que Paulo pregaria aos gentios "incircuncisos".
Isso foi decidido em uma reunião de Pedro com Paulo e Barnabé anos antes (Gálatas 2:7,8). A carta aos gálatas foi escrita por Paulo entre os anos de 50 e 52 EC em Jerusalém, depois das visitas que fez à Galácia entre 47 e 48 EC.
Babilônia, e não Roma, era "um centro do judaísmo" (ou os circuncisos) à época de Pedro. A enciclopédia católica The International Standard Bible Encyclopedia diz: "Babilônia permaneceu um foco do judaísmo oriental durante séculos, e, das discussões nas escolas rabínicas ali foi elaborado o Talmude de Jerusalém no quinto século de nossa era, e o Talmude de Babilônia, um século depois.". Roma porém era "das nações", ou dos "gentios" (incircuncisos).
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- Afirmação Sem Base Bíblica -
Qual razão teria Pedro para, depois de ser incumbido de pregar aos judeus circuncisos, abundantes ao oriente de Jerusalém, se dirigir à Roma pagã "junto com Paulo" conforme afirmam os católicos, para pregar aos incircuncisos, contrariando totalmente o que haviam decidido, em reunião, fazer? Nenhuma.
Ademais quem pregaria aos judeus ao oriente? Ou seja: Dizer que Pedro foi pra Roma é o mesmo que dizer que os cristãos oriundos dos judeus (ou os circuncisos) 'foram esquecidos' em prol dos pagãos, o que não tem nenhuma lógica do ponto de vista bíblico e histórico.
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- Conclusão da 1ª Parte -
à luz dos fatos históricos e da Bíblia a interpretação de que "Babilônia era Roma codificada" não permanece de pé, a não ser para quem se recusa a aceitar fatos comprovados em prol de fábulas inventadas com o intuito de cegar a mente dos que insistem em acreditar em tradições ao invés de usarem a lógica.

Seria Pedro o "chefe" dos apóstolos, a partir de Roma? Esse ponto será discutido na 2ª parte desse assunto, aqui.



quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Taubaté - Cidade Cara Pra Dedéu - Episódio 11 - Sodoma Se Aproxima!

Taubaté - Cidade Cara Pra Dedéu!
Episódio 11: Sodoma Se Aproxima!


No dia 20/09/2016, o tradicional Colégio Militar D. Pedro II, no Rio de Janeiro, sem consultar os alunos ou os professores, liberou o uso de saias, no seu uniforme para meninos. Você não leu errado e nem eu escrevi errado! É isso mesmo: Meninos que estudam na D. Pedro II, uma escola militar, poderão usar saias... se preferirem.  O interessante é que a dita "liberal" resolução da D. Pedro II não liberou o uso de calças para as meninas.
A resolução diz seguir um decreto 01/2015 do Conselho de Combate à Discriminação à Gays. Esse "Conselho" é um órgão federal, criado nos governos petistas, que se destina a promover (e forçar) o homossexualismo na sociedade além de criar casos entre gays e pessoas normais, defendendo sempre o lado gay na questão. As escolas são obrigadas à seguir aquele "Conselho"? Não. Todavia a direção da D. pedro II o fez espontaneamente.
Mas o que isso significa para as escolas de Taubaté?


Se uma escola militar, tradicional, de uma cidade grande, está sucumbindo voluntariamente ao sucateamento físico e moral das instituições do país por parte do governo, o que dizer das escolas dessa cidade do interior, cuja tendência é abraçar o modelo vindo de fora, julgando-as como "moderno"?
E por que isso? No que isso ajuda no aprendizado? Em nada. Pelo contrário, os alunos perderão tempo com questões que não fazem parte do currículo, atrapalhando seu andamento.
Pior ainda. Com certeza a liberação de vestimentas inadequadas aos alunos promoverá distúrbios, brigas, perseguições, etc. A escola se tornará, não um local de estudo, mas um de conflito. Logo veremos isso acontecer naquela escola militar.  Agora  imaginem os meninos da Escola Jardim das Nações usando saias!


A reação dos alunos da D. Pedro II ao fato reflete como os alunos daqui também reagiriam.
Esta foto mostra que, a princípio houve festa. É típico dos estudantes fazerem festa para tudo. Uma festa que durará pouco tempo.
Os meninos usaram saias, não para se declararem gays - como pretende aquele nocivo e nojento "Conselho", mas por puro carnaval fora de hora. Certamente algumas aulas forma cabuladas para o evento, ou, no mínimo, a expectativa gerada, acompanhada de algazarras e futilidades prejudicou o estudo. A coisa já começou a, furtivamente, prejudicar o já combalido ensino no Brasil.
Preparem-se pais taubateanos! Dias sombrios estão por vir!  Verão seus filhos homens, se não usando batom (brincos já usam) na escola, talvez se confrontando com hordas sodomitas, do mesmo nível da que investiu contra a casa de Ló (Gênesis 16:4,5). Virão dias difíceis para nossos jovens, atrapalhando-lhes o aprendizado. Verão professores, pelo menos os que não estiverem em greve, se desviando do currículo para discutir "gênero" com seus alunos, forçando-os á uma opinião desnatural. E tudo isso com o aval da Justiça... como foi em Sodoma.


Sodoma está chegando! E as autoridades lhes dão boas vindas, obrigando-nos a adotá-la, tolerá-la, promovê-la e até bancá-la (aquele "Conselho" vive do dinheiro público)  Ai de nós! Somente um poder maior poderá nos livrar dela... como aconteceu em Sodoma (Gênesis 19:24-28)


Acyr - 21/09/2016

Publicado no Grupo Taubaté - SP aqui:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1189031157784782

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Taubaté Cidade Cara Pra Dedéu! - Episódio 10: Verba Gasta em Campanha Resolveria Problemas da Cidade

Taubaté Cidade Cara Pra Dedéu!

Episódio 10: 
Verba Gasta em Campanha Resolveria Problemas da Cidade



Dona Xêra, 76 anos, estava varrendo a frente de sua casa. É época em que todas as casas da cidade ficam lotadas, o dia todo, por quilos de papeis de propaganda política. A ironia é que ela nem vota mais.
Xêra varre, varre mas não adianta. O vento e os panfleteiros estão à postos para espalhar o lixo. Assim, um panfleteiro ali por perto naquele momento entregou á ela a "proposta" (leia-se 'engambelação') de um candidato. E o fez no exato instante em que ela colocava um daquele mesmo no saco de lixo. Ao bater os olhos no papel, viu o sorriso amarelo do candidato sobre a frase: "Vamos Iluminar Taubaté!"


"Iluminar o quê?" - Pensou Xêra - "Se esse aqui se reeleger mais umas dez vezes vai dizer a mesma coisa, e a coisa vai continuar na mesma".
Daí aconteceu que, naquele mesmo instante, chegou o carteiro entregando a conta de luz. Xêra se lembrou imediatamente da CIP, ou "Contribuição de Iluminação Pública". Essa conta era pra ser obrigação da Prefeitura mas é ela e a população que paga já há dois anos. Foi o cúmulo. Dona Xêra amassou o panfleto e jogou na cabeça do panfleteiro.
Quando o panfleteiro se virou para ver o que tinha acontecido eis que um caminhão com um picadeiro montado, passa ruidosamente na rua. Era o candidato do panfleto!
Uma música muito alta com um refrão: "Luz para Todos" tocava. As meninas jogavam milhares de panfletos (o mesmo que a Xêra jogou no panfleteiro), como se joga confete em época de carnaval. A frente da casa da Xêra ficou mais suja do que jamais havia ficado antes. Pra terminar uma das bandeiras no caminhão bateu na luz do poste que ficava defronte a casa da Xêra, quebrando-a.
Não é difícil imaginar que Xêra começou a correr atrás do caminhão sacudindo a vassoura.
Nem deram bola pra ela. Sumiram!


A noite, exausta de tanto varrer a frente de sua casa (ela encheu oito sacos de lixo só com panfletos), Dona Xêra foi assistir televisão. Decepção total. O candidato que tinha passado na sua rua estava agora na telinha, prometendo "o dia na noite" caso fosse eleito. "Se o dinheiro que gastam em campanha fosse usado para solucionar os problemas do município, esta cidade seria uma maravilha" - pensou Xêra quando desligou a TV e foi dormir.
Agora a rua estava escura. A luz quebrada pela bandeira do candidato era um convite aos bandidos. Xêra não teve dúvidas. "Vai continuar escuro assim por muito tempo". Mas ela iria continuar pagando da taxa mensalmente.


Acyr - 20/09/2016

Publicado no Grupo Taubaté - SP aqui: 


quarta-feira, 27 de julho de 2016

Taubaté Cidade Cara Pra Dedéu - Episódio 3 - Adeus Futura Paz!

Taubaté Cidade Cara Pra Dedéu!

Episódio 3: Adeus Futura Paz!

O que meia dúzia de cerveja, a R$ 4,00 a latinha, não faz na cabeça do pião?



Pronto! Cheguei em um sábado a tarde. Aqui estou, mais uma vez, no antiquíssimo e saudoso município de Taubaté de 2016. As coisas são bem diferentes e muito melhores de como são no meu tempo real, no ano de 3.165... que felizmente vai demorar muito para chegar.
Andando um pouco pude lembrar vagamente de como eu era. Maravilhei-me ao ver a estrutura rudimentar da cidade.
Quando estava em frente de um supermercado "Macumo" - nome fictício para não complicar o verdadeiro - um sentimento de euforia tomou conta de mim. Até entrei para beber uma cervejinha e perturbar pessoas na fila da lotérica. Nessa época as pessoas não podiam te ferir como as da minha.
Mostrei uma foto para a balconista do "Cada Pastel" (outro nome fictício) e ela me perguntou onde era aquele lugar. "
Esse lugar ainda não existe! É a minha antiga,,, ou melhor, minha futura e ex casa!
" respondi. Ela me tomou por louco. É loucura? Não. Explico.


No ano de 2046 a ciência descobriu o segredo da vida eterna e, através de uma simples injeção à laser, aplicada na base da nuca, eu, que já contava com 84 anos fui rejuvenescido.
Contudo foi somente em 2.463, que eu sendo uma das poucas pessoas conscientes dos anos 70 do século XX, seria útil para lembrar de fatos importantes passados nessa região, já que com a 5º Guerra Mundial arquivos importantes daquela - ou dessa - época foram perdidos. 
Lembro-me então que, voltando à 2016, pela primeira vez, através do sistema de viagem temporal, que durava um dia, permitida somente para fins didáticos (pois a volta ao passado faria com que o efeito da injeção de vida eterna se perdesse) consegui uma cópia dos meus arquivos, então guardados em "Cloud" (nuvem), uma arcaica forma de armazenamento, que podia ser facilmente invadida, e voltei para o futuro sem que ninguém percebesse.
.
Mas agora, nesta segunda vez, era diferente. "
Estou fugindo
", como disse à balconista, "
de uma época posterior, 702 anos depois
".
"
Do Séc. XXX, eu não quero mais saber
" - A esta altura a garçonete já pensava que eu estava bêbado - "
Não havia mais guerra, doença ou crime. O problema era outro: O excesso de paz é que me incomodava
".
Por que havia paz? Haviam abolido o casamento; não podíamos mais ter filhos e tentavam extirpar, via cirurgia telepática, toda a população para que não mais amasse, o que representava perigo de superpopulação, já que ninguém mais morria.
Já havíamos colonizado, à exaustão, a Lua, de onde eu vim, Marte e Vênus e não havia mais nenhum planeta habitável disponível. “
Furtivamente entrei na sala da viagem e cá estou
”.
A estas alturas a balconista já nem me ouvia mais.
Fui embora do Macumo. Já estava ficando noite.

Meu plano agora é viver por aqui mesmo por mais alguns anos e quando chegasse a hora de me rejuvenescerem, como já disse antes, eu rejeitaria e outro viria em meu lugar.
Finalmente eu iria saber como e quando morri, bastando para isso voltar para casa e seguir com a mesma boa vida que tive no passado. Minha esposa resmungando porque bebi uma cervejinha, as contas altas para pagar e o delicioso medo de ser assaltado na porta de casa. Tudo isso me aguardava novamente e eu me pergunto: "
Por que é que não voltei antes?
"
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Já em frente de casa, como se tivesse voltado do bar, tiro do bolso a velha fotografia, do ano de 2.463, onde vivi feliz por uns 800 anos... Até me entediar!
É... Meus amigos! Naquela época, os velhos rejuvenescidos mais antigos, ainda podiam imprimir imagens em papeis, semelhantes a velhas fotografias, para guardarem de lembrança! E esta foto, apesar de ainda não ter sido batida, já era do século retrasado.
Olho para ela e suspiro feliz antes de entrar: "
Adeus futura paz!
"
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Acyr - 21/06/2016