Taubaté Cidade Cara Pra Dedéu!
Episódio 6: A Praga
Depois, no inverno, termina a colheita. As pessoas sentadas tranquilas diante da TV, com pratos deliciosos a frente, vendo novelas e outras futilidades esperando a primavera chegar! Antigamente, apesar dos problemas foi assim. Mas ultimamente não. Mais precisamente nos últimos quatro anos, por conta de "investigações na natureza", a coisa vem piorando. 2016, por exemplo será chamado o 'ano da praga'.
O "UmMetro" (Unidade de Medidas Mentirosas e Trolagens) lançou um alerta para o dia 16 de agosto: "Essa praga que está encubada, em fase de metástase na natureza vai esporar. Rapidamente, semelhante à humor de mulher com TPM, vai chegar ao clímax e atingir todos da população não importando onde estejam. Alguns são imunes, mas são poucos. Outros já foram infectados e desenvolverão a doença" diz o Mentirosologista.
A Unidade constatou também que, com poucas exceções, os infectados são sempre os mesmos.
Quatro anos atrás essa praga já havia atingido Taubaté e todos os outros municípios brasileiros.
Mas naquela época o impacto foi menor. Não houve, por exemplo, durante o inverno, a queda das folhas de pagamento perante a alta do custo de vida deixando aparecer 'as verdinhas escondidas' nos galhos da Administração Municipal. Isso só aconteceu depois, quando a praga foi embora, mais precisamente no dia 26 de outubro de 2012 - último dia da campanha eleitoral.
Este ano, ao contrário, as entranhas das frutas estão arregaçadas e todos podem ver o que ocorre. Assim como não se combateu o mosquito da Dengue e nem o escorpião também não combateu esse vírus, mais conhecido como Tripanocandidatus Brasilerus.
Todo mundo sabe. Quando a praga retornar, a cidade vai ficar lotada de pequenos papeis com a foto dos infectados. E o doente, chamado "Candidato" não poupará ninguém.
Rádio e TV, financiados misteriosamente, vão repetir, à exaustão, pedidos de doação do "remédio" para pelo menos um dos doentes: o voto.
Os sintomas são terríveis. Os doentes ficam o tempo todo mentindo sem parar dizendo que vão "resolver as coisas assim que forem eleitos". O problema é que cada vez mais pessoas já não acreditam que o voto seja a cura. "Pensei que o voto lhe curaria, mas ele ficou pior depois da segunda legislatura", diz uma moradora que tentou curar um candidato votando nele nas duas últimas eleições.
Acyr - 29/06/2016
