segunda-feira, 28 de março de 2016

Babilônia a Grande

Babilônia a Grande

Representação bíblica da Babilônia a Grande conforme vista no livro do Apocaipse. A destruição da Babilônia literal prefigurou a destruição da Babilônia espiritual e foi profetizada por Jeremias, uns 650 anos AC quando disse: "...Porque o Senhor executa o plano que concebeu, a ameaça que proferiu contra os babilônicos. Tu que te assentas sobre as grandes águas, e que possuis imensos tesouros, chegou teu fim. Acabaram-se as tuas rapinas. Jurou-o o Senhor dos exércitos, por si mesmo: Encher-te-ei de homens tão numerosos como gafanhotos, que lançarão gritos triunfantes sobre ti." - Jeremias 51:12-14 - Versão bíblica católica Ave Maria
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Prólogo
Certamente você já ouviu falar, mesmo que poucas vezes, em 'Babilônia a grande'.
O termo é usado, do ponto de vista religioso, para definir genericamente 'o inimigo'. Assim dependendo do lado em que se está em uma questão, o outro lado é a 'Babilônia'. Por exemplo: Algumas tribos muçulmanas chamam os EUA de 'Babilônia'. Outros até mesmo dizem que Babilônia a Grande é o auto comércio, pelo fato de Roma - vista cono a Babilônia - ter controlado o comércio   mundial em seu tempo.
Aqui no Brasil podemos identificar o termo nos debates religiosos católicos/protestantes, sempre recheados de ofensas de ambos os lados. De maneira que os protestantes afirmam que a igreja Católica é a Babilônia a Grande e vice-versa. E, como sempre acontece em debates dessa natureza não se chega à consenso algum.

Qual dos lados está certo? Não há como saber se você analisar a questão do ponto de vista dos debates porque as explicações são fornecidas com base em meras interpretações de textos bíblicos - sempre "pescados" e retirados do contexto - que visam somente "derrubar" o argumento oposto.
Assim, se pergunta: O que realmente é a babilônia a Grande? Como o termo é bíblico a resposta tem de estar somente na Bíblia, não por interpretação particular, mas pelo contexto explicativo total dela.


Um Evento do Tempo do Fim
Apocalipse (Revelação), o último livro da Bíblia foi revelado ao apóstolo João na ilha de Patmos, no ano 96 EC. Ele nos fala dos principais eventos a ocorrer no tempo do fim. Um destes eventos que João viu em visão, é o de uma prostituta, chamada “Babilônia, a Grande, a mãe das prostitutas e das abominações da terra”. João diz mais: “Eu vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus.” — Revelação 17:5, 6. - Versão católica Ave Maria.
As figuras do Apocalipse não são de pessoas, lugares ou "feras" literais. Elas representam algo do tempo do fim de todo esse sistema humano. Assim, quem representa essa mulher? Seria um governo humano, um comércio ou uma entidade religiosa? A resposta tem de ser entendida por um processo de eliminação.


Não É Um Sistema Político
Naquela mesma visão, João ouve um anjo dizer: “Veio, então, um dos sete Anjos que tinham as sete taças e falou comigo: Vem, e eu te mostrarei a condenação da grande meretriz, que se assenta à beira das muitas águas, com a qual se contaminaram os reis da terra. Ela inebriou os habitantes da terra com o vinho da sua luxúria. Transportou-me, então, em espírito ao deserto. Eu vi uma mulher assentada em cima de uma fera escarlate, cheia de nomes blasfematórios, com sete cabeças e dez chifres.”
Se os reis, ou governantes da Terra, representados pela "fera escarlate" cometem fornicação com ela, isto significa que a meretriz não pode representar os elementos políticos dominantes. — Revelação 17:1 - 3, veja também o versículo 18 (Versão Ave Maria). Assim, Babilônia a Grande não é um ou mais governos do mundo.


Não É Um Sistema Comercial
Está escrito assim: “...porque todas as nações beberam do vinho da ira de sua luxúria, pecaram com ela os reis da terra e os "mercadores da terra" se enriqueceram com o excesso do seu luxo.” - Apocalipse 18:3. - Versão Ave Maria.
Portanto, por esta clara explicação, que não precisa de interpretação, Babilônia, a Grande, não pode representar os elementos mercadores ou “comerciantes” do mundo, já que eles foram, a bem dizer, seus 'fregueses' na luxuria, com a qual cometeram pecado e enriqueceram.


É Um Sistema Religioso. Mas Qual?
João diz: “O anjo me disse: As águas que viste, à beira das quais a Prostituta se assenta, são povos e multidões, nações e línguas.” - Apocalipse 17:15 - Versão Ave Maria.
Que outro elemento básico deste sistema mundial sobra para encaixar-se na descrição de uma meretriz simbólica que comete fornicação com os governantes políticos, transaciona com interesses econômicos e se senta em glória sobre os povos, multidões, nações e línguas? É a religião. Qual, ou quais, das muitas religiões do mundo ela se assenta?
Note que o texto não diz que a Prostituta está assentada em um só povo ou alguns. A Bíblia de Jerusalém (também católica verte "os povos, as nações e as línguas"). De maneira que Babilônia realmente está assentada, em forma de sistema religioso, em todos os povos do mundo.
Em outras palavras: Todas as organizações religiosas do mundo, semelhantes entre si, formam um só sistema religioso.
É daí que vem a pergunta: Como podem todas as religiões serem na verdade uma só?


Todas Partes de Uma Só
Leve em conta o significa do da palavra "Babilônia": "Confusão". Foi em Babel que Deus causou a confusão de línguas, espalhando o povo pela terra (Gênesis 11:5-9). Assim todas as religiões do mundo, embora aparentemente diferentes entre si, na verdade vieram de uma só fonte.
Note que há traços comuns no confuso mosaico das religiões do mundo. Praticamente todas elas têm suas raízes na mitologia e estão interligadas por alguma forma de crença numa suposta alma humana imortal que sobrevive à morte e que vai para o além ou então transmigra para outra criatura. Praticamente todas elas, com poucas diferenças teológicas têm o denominador comum da crença num pavoroso lugar de tormento e tortura chamado inferno. Estão ligadas por antigas crenças pagãs em tríades, trindades e deusas-mães.
Por exemplo: De que adianta os protestantes dizerem que a Igreja Católica ou vice-versa é a Babilônia se ambos acreditam nas mesmas coisas (Deus Trindade, Inferno de Fogo, Alma Imortal, etc)?


O Objetivo da Babilônia a Grande
A identificação de Babilônia, a Grande, como a confusa entidade religiosa mundial é confirmada por uma condenação angélica contra ela por causa de suas ‘práticas espíritas através das quais todas as nações foram desencaminhadas’. (Revelação 18:23). "Todas as nações" religiosas, de uma forma ou outra, praticam o espiritismo (por acreditarem em alma imortal). A Bíblia diz que todas as formas de espiritismo são religiosas e de inspiração demoníaca. (Deuteronômio 18:10-12). Com qual objetivo tais práticas espíritas demoníacas são parte das religiões do mundo? A evidência bíblica, que nunca nos deixa sem explicações detalhadas, mostra que são promovidas por Satanás, na mente dos homens a fim de desviar a atenção deles do Deus verdadeiro. — João 8:44-47; 2ª Coríntios 11:13-15 e Revelação 21:8; 22:15.


O Fim da Babilônia a Grande
Qual é o destino final que a Bíblia prediz para essa prostituta global? Em linguagem simbólica, o livro de Revelação descreve a destruição dela às mãos de elementos políticos. Estes são simbolizados pelos “dez chifres”, ou os "10 reis" (Apocalipse 17: 7-11). A  “fera cor de escarlate” é a imagem do sistema político de Satanás, que abrange todas as nações que, a exemplo da Babilônia a Grande, também é confuso e dividido. E é ele que vai destruir a Babilônia. — Leia sobre isso em Apocalipse 17:3-16. 
Veja que as religiões são ligadas à política. Assim não há dúvidas. Essa destruição do império mundial de religião falsa, de Satanás, será o resultado do julgamento adverso de Deus contra essas religiões. Elas serão declaradas culpadas de fornicação espiritual devido à sua cumplicidade com seus amantes políticos e o apoio que lhes deu.
A religião falsa manchou suas vestes com sangue inocente ao patrioticamente acompanhar a classe dominante da elite de cada nação em suas guerras. Por conseguinte, o próprio Deus põe no coração dos elementos políticos realizar Sua vontade contra Babilônia, a Grande, e devastá-la. — Revelação 17:17-18.


O Que Fazer Então?
É você seguidor de alguma religião que acredita em Inferno, alma imortal, Deus trino, etc? Saiba que, não importa o que faça, sua denominação vai cair juntamente com todas as outras, pelos motivos alistados acima. "Caiu, caiu Babilônia a Grande"... diz Apocalipse 14:8. E como você fica? Vão adiantar os antigos argumentos que você usava para justificar sua igreja? Não.
Visto que a destruição virá para as religiões do mundo, o que deve você fazer? A resposta, simples, está no que João ouviu uma voz do céu dizer: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas. Pois os pecados dela acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos atos injustos dela.” - Apocalipse 18:4,5.


E agora é o tempo de obedecer aquele conselho do anjo de sair do império de religião falsa, de Satanás, e juntar-se à adoração verdadeira. E a adoração verdadeira não está longe de você!


Publicado no grupo Taubaté - SP aqui!



As Páscoas

As Páscoas


Foto: Representação da última refeição de Jesus com seus apóstolos. 
Essa última refeição foi uma comemoração da Páscoa judaica, a última que ele comemoraria 
e que a instituiu como um 'memorial para o sacrifício' dele. No entanto o que ele disse nessa 
Páscoa é usado até hoje, repetida e diariamente, nos rituais das missas católicas... que nada 
tem a ver com a Páscoa. Mas o que estava realmente envolvido na instituição da Páscoa 
para os cristãos?)


Essa palavra, para muitos, significa somente um feriado a mais no ano. Para outros é uma época "para se comer peixe porque é pecado comer carne". A maioria destes costumam presentear as crianças com chocolates em forma de 'ovos' que dizem ter sido trazidas pelo "coelho da Páscoa". E as religiões tradicionais, quer católica quer evangélicas costumam comemorar a Páscoa como "a ressurreição" de Cristo.
Pelo que se constata desse costume, ele está bem arraigado na sociedade. Então de onde surgiu a Páscoa? O que realmente ela é? Devemos 'comemorar a Páscoa'? Ou melhor ainda: Devemos comemorar a Páscoa conforme os costumes atuais dela que nos cercam?
Nos dias de hoje há duas Páscoas: Uma cristã e outra pagã. qual delas você comemora?


O QUE É?
Páscoa (em hebraico: pé·sahh e em grego: pá·skha) significa "Passar por alto" A primeira Páscoa. foi instituída na primeira noite após a saída dos hebreus do Egito. Foi celebrada por volta da época da lua cheia, no dia 14 do antigo mês de abibe (mais tarde chamado nisã) do ano 1513 AC. Nisã é o mês do calendário judaico correspondente à segunda parte do mês de março e da primeira parte do mês de abril do atual calendário gregoriano. Assim, a Páscoa judaica foi a comemoração da libertação do povo hebreu, pelas mãos do próprio Deus, do cativeiro do Egito. Daquela primeira Páscoa em diante, deveria, pela Lei Mosaica, ser celebrada anualmente. (Êxodo 12:17-20, 24-27).
Assim o significado da palavra, "passar por alto" é explicado: Sendo a Páscoa uma celebração comemorativa; a ordem bíblica para os hebreus era: “E terá de acontecer que, quando os vossos filhos vos disserem: ‘Que significa para vós este serviço?’, então tereis de dizer: ‘É o sacrifício da páscoa a Jeová, que passou por alto as casas dos filhos de Israel no Egito quando feriu os egípcios, mas livrou as nossas casas.’” — Êxodo 12:26, 27 - Tradução do Novo Mundo das Escrituras.


A PRIMEIRA PÁSCOA CRISTÃ
A Páscoa judaica prefigurava a vindoura Páscoa Cristã à ser instituída por ocasião da morte de Jesus. Este, enquanto ainda vivia entre os homens também estava sujeito à Lei e comemorava a Páscoa judaica.
No ano 33, perto de sua morte, Jesus celebrou a sua última Páscoa judaica (Mateus 26:18,20). Nesta Páscoa aconteceu o que se segue: "Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados." - Mateus 26:26,28 - Versão bíblica católica Ave Maria.
É na narrativa de Lucas sobre essa última Páscoa que está a ordem para que o que iria acontecer com Jesus, segundo o que ele disse (que daria o seu corpo e o seu sangue - seria sacrificado - para remir os pecadores: "...fazei isso em memória de mim" - Lucas 22:19 - Versão católica Ave Maria.
A Páscoa cristã, ou a observância do sacrifício - a morte - de Jesus, que nos libertou do cativeiro do pecado, passou então a ser comemorada pelos cristãos verdadeiros até os dias de hoje, assim como era para os primitivos cristãos à partir dos apóstolos, exatamente no dia correspondente ao que sempre foi: dia 14 de nisã, no início da noite. Neste ano de 2016 o dia correspondente é numa quarta-feira, 23 de março. E trata-se de uma reunião de observação, sem festividade ritual alguma.
Porém não é como vemos acontecer ao nosso redor. A Páscoa celebrada pela maioria das pessoas costumam ser no dia da ressurreição - e não da morte - de Jesus, com festividades, as vezes suntuosos, que envolvem pratos especiais e troca de presentes. Estaria correta este tipo de comemoração?


A PÁSCOA PAGÃ
Exatamente quando surgiu a forma errada de se comemorar a Páscoa não é conhecido. mas ela remonta ao tempo logo depois em que os apóstolos já não mais estavam vivos. Tanto Jesus Cristo como o apóstolo Paulo predisseram que o cristianismo sofreria a infiltração de ensinos falsos. (veja: Mateus 13:24, 2536-40 e 2ª Timóteo 4:3) Tais ensinos afetariam também o modo como se comemoraria a Páscoa.
Após a morte dos apóstolos de Jesus, arraigou-se a ideia de que seria apropriado fazer um jejum (conhecido agora como Quaresma), seguido de uma festa, na época da Páscoa. De alguma forma, e sem levar em conta as Escrituras, veio a pensar-se nisto como um modo de se comemorar a Páscoa.
Tal comemoração, da ressurreição e não da morte de Cristo, resultou no afastamento do objetivo verdadeiro da Páscoa por parte dos apóstatas. E isso perdura até os dias atuais
O Vaticano, "resolvendo" a questão da Páscoa nos anos 60 proclamou: “Toda semana, no dia em que chamou de dia do Senhor [domingo], [a Igreja] relembra a Sua ressurreição.” Adicionalmente: “Na suprema solenidade da Páscoa, ela também realiza uma comemoração anual da ressurreição.” — The Documents of Vatican II (Documentos do Vaticano II).


Mas em parte alguma da Bíblia indica que os primitivos cristãos observavam, seja um domingo semanal, seja uma Páscoa anual, a ressurreição de Cristo. Os relatos sobre a ressurreição de Jesus (Marcos 16:1-6 e João 20:1,2) nada dizem sobre qualquer ordem dos apóstolos para o dia - o terceiro dia depois de sua morte - desse evento. Nem tampouco houve indícios de qualquer comemoração por parte dos cristãos dos tempos bíblicos para a ressurreição de Jesus. A Páscoa era - e continua sendo observada - no dia anual de sua morte, e não no dia de sua ressurreição.
Se a comemoração da ressurreição não está de acordo com a verdadeira Páscoa, o que dizer das festividades e dos costumes dela correntes? Leve em conta que o historiador eclesiástico do quinto século, Sócrates, afirmou atestando a conduta correta por parte dos cristãos na Páscoa: “Os apóstolos não pensavam em designar dias festivos, mas em promover uma vida imaculada e piedosa.”


ORIGEM NO PAGANISMO
Segundo os historiadores, os costumes da Páscoa, conforme são observados pela Igreja Católica e pelas evangélicas tem origem no paganismo.e não na Bíblia.
Há peritos que afirmam ser a própria palavra Páscoa, no caso da língua inglesa [Easter], de origem anglo-saxônica, referindo-se à primavera setentrional. Nessa estação, os antigos pagãos nórdicos europeus julgavam que o sol renascia, depois de meses de morte hibernal. O próprio significado de Páscoa, "Passar por alto" passou a ser atribuído à passagem do sol.
Por conseguinte, o historiador Sócrates concluiu: “Parece-me que a festa da Páscoa foi introduzida na igreja por causa de algum costume antigo, assim como muitos outros costumes foram estabelecidos.”
O conjunto de tradições pascais provém de “algum costume antigo” — o costume de nações idólatras! O sacerdote católico Francis X. Weiser admitiu: “Algumas das tradições populares da Quaresma e da Páscoa remontam a antigos ritos em honra da natureza.” Estes ritos primaveris [hemisfério norte] visavam originalmente “afugentar os demônios do inverno [setentrional]”.
Mesmo sabendo da origem pagã dos costumes que norteavam a Páscoa católica, a igreja não os aboliu. O livro Curiosidades dos Costumes Populares explica: “Era a invariável diretriz da Igreja primitiva dar um significado cristão a tais remanescentes cerimônias pagãs que não pudessem ser desarraigadas. No caso da Páscoa, a conversão foi especialmente fácil. A alegria diante do nascer do sol natural, e o despertar da natureza diante da morte do inverno [setentrional], tornaram-se a alegria diante do nascer do 'Sol da justiça', na ressurreição do Cristo do túmulo.”
Lamentavelmente a Igreja deixou de lado a pureza do significado dos ensinos bíblicos sobre a Páscoa para ceder à reinterpretações de costumes pagãos em suas doutrinas.


COSTUMES CONDENÁVEIS
De maneira que os costumes da Páscoa, como refeições especiais e troca de presentes, tendo origem no paganismo, as pessoas mais atentas tendem a declará-los como não cristãos e a não mais praticá-los.
No livro The Easter Book (O Livro da Páscoa), Francis X. Weiser justifica tudo isto por dizer que a igreja ‘elevou o simbolismo pré-cristão da natureza à um "sacramental cristão"’. Ele diz: "Práticas não cristãs deram um toque 'encantador' aos significados sobrenaturais da época [da Páscoa]”. Mas, de que adianta ser "encantador" se não é cristão?
Admitidamente, ver crianças disputando os ovos de chocolate em capas de cores brilhantes pode parecer “encantador”. O mesmo poderia ser dito de muitos outros costumes pascais. Todavia, trata-se de simples brincadeiras inofensivas?
Talvez dê. Mas os cristãos sinceros preocupam-se com o que a Bíblia diz: “Pois, que associação tem a justiça com o que é contra a lei? Ou que parceria tem a luz com a escuridão? . . . ‘“Portanto, saí do meio deles e separai-vos, e cessai de tocar em coisa impura”’.” (2ª Coríntios 6:14-17)
Por certo, isso incluiria costumes que se derivam admitidamente do paganismo. Na verdade, os clérigos argumentam que tais práticas "se tornam aceitáveis quando introduzidas na igreja". No entanto, foi esta mesma linha de raciocínio, de pensar que práticas pagãs aparentemente inofensivas podem ser misturadas ao que é correto, que certa vez quase que levou os israelitas ao desastre!
Em violação da ordem de Deus, fizeram um bezerro de ouro. (Êxodo 20:4) Sem dúvida seu formato foi copiado dos ídolos que tinham visto no Egito. Daí, utilizaram esse ídolo num rito que chamaram de “festividade” para Deus. Mas, será que Deus achou que isto dava mais “encanto” à Sua adoração? Pelo contrário! Apenas a intervenção de Moisés poupou os israelitas do extermínio total! — Êxodo 32:1-5, 9-14.


CONCLUSÃO
Os costumes da Páscoa — ovos, coelhinhos, fogueiras, refeições especiais, etc — não são, portanto, purificados por serem praticados pelos cristãos. Ao invés disso, maculam com o paganismo a qualquer pessoa que os pratica. — Considere também Ageu 2:12, 13.
Assim, surge uma pergunta aos que passam a conhecer a verdade sobre a Páscoa: Será que agirão de acordo com aquilo que aprenderam ou continuarão a praticar o paganismo travestido de cristianismo?



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terça-feira, 22 de março de 2016

O Batismo de Bebês

O BATISMO DE BEBÊS
Foto: no batismo católico, um sacerdote derrama água na testa de um bebê. Crê-se que com isso o bebê "não é mais pagão" e que, caso morra "não vai para o inferno". Isso equivale a dizer que se o bebê morrer sem batismo iria para um suposto inferno sofrer pela eternidade sem ao menos ter vivido na terra. Seria Deus tão injusto assim? Não. Nem mesmo homens cruéis fariam uma maldade dessas. Assim, seria esse bastimo válido aos olhos de Deus? O que significa "Batismo"? Queira considerar o assunto à seguir: 


O Que É?
Batismo é uma palavra grega (bá.pti.sma) e significa literalmente "Mergulhar". Essa palavra grega também foi usada em João 13:26, quando Jesus se referiu ao pão (ou "bocado") "mergulhado" que em seguida deu à Judas Iscariotes, Na versão católica da Bíblia Ave Maria se diz "molhado". Esta versão bíblica não traduz corretamente, mas, na versão Bíblia de Jerusalém, também católica, se diz corretamente "mergulhado". 
Assim, o batismo em bebês, por se derramar água em sua testa, foge do verdadeiro ritual que é o batismo cristão.


Os Primeiros Batismos
Quando João começou a batizar pessoas no rio Jordão ele mergulhava as pessoas, inteiramente, nas águas para depois os reerguer novamente, como símbolo de que estavam aceitando suas palavras e se arrependendo de seus pecados (Marcos 1:4). O próprio Jesus foi batizado por João, embora o significado do batismo de Jesus fosse diferente dos demais, pois ele não tinha pecados pelos quais se arrepender. Jesus foi batizado para dar início ao seu ministério de pregação na terra. 
Depois de João, os discípulos de Jesus também receberam a missão de batizar pessoas. mas note que os Apóstolos pregavam as boas novas do Cristo à eles antes. 
Por aceitarem a pregação deles, se convertiam e se tornavam cristãos com a mesma missão dos Apóstolos de também pregarem o reino de Deus à outros (Mateus 28:19 - Note que o texto bíblico diz para que primeiro faça o discípulo na pregação, para depois o batizar).
Assim, todos os que foram batizados pelos apóstolos e também pelos discípulos destes, eram aqueles que antes aceitavam a pregação e se convertiam ao cristianismo. 
Então pergunta-se: Naquele tempo, as crianças eram batizadas também? 

Os Apóstolos Não Batizavam Bebês
Não há registros bíblicos de batismo de bebês. Aliás não há registros bíblicos de batismo de crianças ou adolescentes (O próprio Jesus foi batizado à idade de 30 anos e seus discípulos talvez com mais idade ainda). 
Se o batismo se destinava àqueles que ouviam à pregação, entendiam-na e, com discernimento à aceitavam - algo para o qual bebês e crianças não são capazes intelectualmente - não havia motivo justificável em batizá-los. 

Todavia, alguns citam Atos 18:8 (que diz que Crispo e "todos de sua casa" foram batizados") para defender o batismo em crianças. 
Mas o texto não menciona crianças. Será que havia crianças na casa de Crispo? 
Além disso o contexto dessa passagem bíblica (que vai do versículo 5 até o 11) indica que os batizados eram aqueles que estavam aceitando a pregação de Paulo "às nações". Assim, caso houvesse crianças na casa de Crispo, não havia ainda necessidade do batismo delas, pois certamente elas não poderiam entender a mensagem à ponto de saírem evangelizando as pessoas.
Portanto,se não havia batismo de bebês por parte dos primitivos cristãos, quando é que começou essa prática? 


Uma Prática Anti-Bíblica
August Neander (1789-1850), teólogo e historiador da igreja católica, escreveu: “A prática do batismo de bebês era desconhecida neste período (dos primitivos cristãos). . . . Que foi só num período bem posterior (pelo menos certamente não anterior) a Irineu [c. 140-203 EC] que surgiu um vestígio do batismo de bebês, e o fato de que passou a ser reconhecido como tradição apostólica só no terceiro século é mais evidência contra do que a favor de se admitir a sua origem apostólica”. — Obra: História do Estabelecimento e do Treinamento da Igreja Cristã Pelos Apóstolos, 1864, página 162. 
De forma semelhante, todas as publicações oficiais da Igreja reconhecem que o batismo de bebês "é tradição", ou sejja: sem base bíblica 
Mas se a própria igreja admite que o batismo de bebês não tem base bíblica, quando e por que se iniciou tal prática na igreja? 


O Início na Controversa Apostasia
Se entre os cristãos verdadeiros não havia batismo em bebês, havia porém entre os apóstatas (aqueles que se desviaram do ensino correto). 
Exatamente quando e por que os apóstatas começaram a batizar bebês não é conhecido embora tenha ocorrido entre 140 e 203 EC conforme atesta August Neander.
Mas o endosso oficial da Igreja ao batismo de bebês teve início quando um monge britânico chamado Pelágio (354-420) viajou à Roma. 
Assustado com a corrupção que presenciou ali entre os chamados "cristãos", passou a incitar os homens à um “esforço mais moral”. 
O homem não pode culpar o ‘pecado original’ de responsável por suas fraquezas, dizia Pelágio: “Tudo o que é bom e tudo o que é mau . . . é feito por nós, não nasce conosco.” A doutrina pelagiana virou rapidamente tema de conversa na cristandade.
Mas, apesar dos líderes eclesiásticos encararem esta negação do ‘pecado original’ como heresia, passaram a encontrar nos argumentos de Pelágio, um motivo "justo" para favorecer o que na época era um costume popular, já infiltrado entre eles: o batismo de crianças. 
Se uma criança 'nasce pura do pecado', então ela, não precisando se arrepender, pode ser batizada pensavam. 
Eles apesar de terem esquecido do verdadeiro significado do batismo cristão e misturavam o assunto com o significado do batismo de João.. 


Da Controvérsia ao Medo

Foi então que certo "bispo" de nome Agostinho (354-430 - mais tarde chamado de "santo"), contemporâneo de Pelágio, encarou isso como gritante incoerência: "Se as crianças precisam ser batizadas’, argumentou, ‘que dizer das não-batizadas?’" 
A conclusão foi que tais sofreriam as chamas do inferno, caso não fossem batizadas. 
Uma vez estabelecido este ponto, Agostinho deu o golpe fatal na controversa: Visto que crianças não-batizadas realmente sofriam condenação eterna caso não fossem batizadas, de que mais seriam culpadas senão do ‘pecado original’? 
Com isso a doutrina pelagiana caiu por terra. O batismo de bebês passou à ser visto como uma forma de 'salvação das crianças'. E como não se pode mergulhar crianças em água, passou-se a derramar água em suas testas, resumindo o batismo em um mero sinal, muito longe de seu significado original.
 Daí, no Concílio de Cartago (417/18 EC) declarou-se heréticos os ensinos de Pelágio. O ‘pecado original’ tornou-se tão parte do catolicismo quanto o confessionário. E a Igreja foi então incitada a promover conversões em massa — muitas vezes à força — para salvar as pessoas das ‘chamas do inferno’. 
O batismo de crianças passou de costume popular a instrumento oficial, de salvação, instrumento. E as pessoas mais ignorantes temiam morrer sem serem batizadas. Esse instrumento de medo passou a ser usado também pelo protestantismo mais tarde. 


Controvérsia que Nunca Acaba
Tal atitude da igreja, porém, não foi suficiente para fornecer certeza aos seus adeptos quanto à batizarem crianças. 
Durante os séculos seguintes muito debate foi promovido com a Igreja ora pendendo por abandonar o batismo infantil, ora por adotá-lo novamente. Isso aconteceu porque a Igreja se afastou do verdadeiro significado do batismo conforme vimos no início desta matéria.
E o debate segue até os dias atuais. A própria Igreja não tem ainda certeza quanto ao que ensina sobre o batismo 

Por exemplo, em 1951, o Papa Pio XII discursou perante um grupo de parteiras e, segundo suas próprias ideias sobre o assunto, reafirmou a crença de que “o estado de graça no momento da morte é absolutamente necessário para a salvação”, incentivou as parteiras, mesmo se elas não fossem católicas, a realizar elas mesmas o rito de batismo, se parecesse provável que um recém-nascido de família católica iria morrer. 
Portanto, não deixem de realizar este serviço caridoso”, exortou ele. Em outras palavras, o batismo já não era mais um assunto religioso relacionado à fé, mas uma obra de 'caridade', que podia ser feita por qualquer pessoa.

Em 1958 o Vaticano publicou uma firme advertência no sentido de que “crianças devem ser batizadas tão logo seja possível”. Entretanto, no Concílio Vaticano II (1962-1965) houve nova controvérsia, fazendo com que a igreja atual adote "mais ou menos" o que havia adotado nos dias de Pelágio até que haja outra controvérsia... como sempre houve.

Em face disso, você deve perguntar-se: Qual o batismo verdadeiro


O Batismo Verdadeiro?
Perdura até hoje entre os verdadeiros cristãos. 
E os verdadeiros cristãos não fazem parte das igrejas da cristandade (daquelas que pregam a Trindade, o Inferno, etc...). 
Aqueles que ouvem, aceitam, estudam cabalmente a palavra de Deus e depois de assimilarem os ensinamentos participam da pregação dela à outros, são batizados. 
Conhece algum grupo religioso que segue esses parâmetros? São esses os cristãos verdadeiros e eles não estão longe de você.
Mas e quando um filho de um cristão verdadeiro morre ainda criança, sem batismo?
Se o filho dum cristão morrer antes do batismo, os pais não precisam temer que este queime num inferno ou se demore no limbo. Tais lugares são mitos. Não existem. 
A Bíblia ensina que os mortos estão inconscientes e não sofrendo (Eclesiastes 9:5, 10). Os pais podem assim derivar consolo da promessa de Jesus de que “vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão” com a perspectiva de viver no Paraíso restaurado aqui mesmo na Terra. (João 5:28, 29 e Lucas 23:43

Esta esperança dos cristãos verdadeiros, fundada na Bíblia, é muito mais consoladora do que as mutáveis — e confusas — tradições humanas adotadas pelas igrejas.


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quinta-feira, 3 de março de 2016

Trabalhou por 1 (um) ano? Férias como PUNIÇÃO!

Trabalhou por 1 (um) ano? 

Férias como PUNIÇÃO!

Foto [retirada da Internet]: Meninas da pastelaria Cezário Noguti
Alguns pontos comerciais são justos com seus empregados. A maioria porém é 
como um injusto, desigual e cruel campo de batalha entre empregados submissos e  
patrões sem compaixão alguma por eles


A Lei é clara. O Art. 129 da CLT diz: "“Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.”.
É interessante que um item do Art 130 da mesma lei diz:

§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço

Mais ainda: A Constituição Federal de 1988 (Art. 7, inciso XVII) ainda concedeu um acréscimo no salário do trabalhador que sai de férias de "pelo menos" 1/3 do que ganha mensalmente. 
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Acréscimo não é Adiantamento!
No entanto não é isso o que acontece em alguns comércios de Taubaté (se não na grande maioria deles). O empregado que, por exemplo, recebe todo dia 5, vai sair de férias e recebe o salário de 1 mês + 1/3. Só que esse 1/3, apesar da Lei dizer que é um "
acréscimo", é "entendido" como um "adiantamento" ou como o próprio "salário adiantado das férias" pelos patrões
Conversando com vários empregados do comércio da cidade (que obviamente não citarei por nomes), constatei o seguinte: Depois que retorna das férias ele não recebe nada e tem que trabalhar mais trinta dias para recomeçar a receber. É como se ele tivesse recebido uma suspensão de 30 dias sem salário.
Ou seja: Onde foi parar o salário das "férias remuneradas" dele?
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Entendimento Obtuso ou Malandragem?

Ora, se a Lei diz "Férias REMUNERADAS" ou "SEM PREJUÍZO DA REMUNERAÇÃO" Por que então o empregado não recebe a remuneração das férias quando retorna?
Alguns alegam que "o patrão não é obrigado á pagar sem que o funcionário trabalhe". Mas nesse caso a Lei diz que o período de férias é considerado como "tempo de serviço". O empregado em férias é igual ao empregado que está trabalhando, com os mesmos direitos. então o 'patrão' está negando ao seu empregado em férias esse direito conforme prevista em Lei.
O empregado tem direito sim, de quando voltar à trabalhar, receber no dia em que recebe, o mesmo salário que recebe todo mês... caso contrário não seria "ferias remuneradas" e sim "férias descontadas". 
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Outros alegam que "o empregado já recebeu" quando sai de férias. Mas recebeu o que? 
O salário que recebe antes é referente ao mês anterior ao mês das férias. Por exemplo: se o empregado sai de férias no mês de março, o patrão não pode dizer que o salário que recebeu no final de fevereiro é o das férias só porque veio acrescido com mais 1/3. Aquela salário é referente à fevereiro e não à março. E o 1/3, conforme já vimos é um "acréscimo". Não é um "salário" e muito menos um "adiantamento".
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Infelizmente essa prática desumana não é sequer revisada ou punida pela Justiça. Os empregados, que em geral ganham muito mal apesar do exaustivo trabalho, ficam temerosos de perderem seus empregos e não denunciam ou reclamam seus direitos. Preferem ser roubados pela ganância dos comerciantes do que ficarem desempregados. 

Mas não deveria ser assim, pois nas repartições públicas e nas empresas mais sérias a Lei é entendida e aplicada do modo correto e seus empregados recebem seus vencimentos sem prejuízo. Por que só nas lojas varejistas os empregados, que são regidos pela mesma Lei, tem que ser tratados de forma diferente e injusta? 
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Malandragem Corporativa
Há um agravante: Por que esta prática, totalmente fora da Lei, praticada à anos, não é levada à Justiça, e quando em poucos casos é, não dá em nada? 
Porque, à bem dizer, a "Justiça", através de advogados, é conivente com ela. E a lógica é simples: "A corda sempre arrebenta do lado mais fraco". Advogados (devem existir exceções, mas eu nunca encontrei nenhuma) trabalham para os patrões, os que tem dinheiro, e não para os empregados que, por mal terem com o que pagar as contas do mês, não lhes podem pagar. 
Assim, sempre que um empregado vai procurar seus direitos, o advogado que lhe atende não raro procura o patrão deste, que lhe paga para "calar a voz do reclamante". Ou alguém acha que advogados vão trabalhar de graça para pobre, sem garantia de ganho de causa?
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Tenho visto até sites na Internet de pessoas que se intitulam "consultores" (caso de um tal de Olavo Carneiro Jr) ou "advogados trabalhistas", com "explicações" que vão contra a Lei referente às férias dos empregados. Tais "explicações", totalmente absurdas tem o óbvio objetivo de desestimular o empregado na luta pelos seus direitos. Olavo em seu blog, por exemplo, chama as 'férias remuneradas' de "
aberração", acrescentando mentiras de que elas "não são pagas em outros países" e que as férias dos empregados é "um período de vagabundagem". Será que ele está ganhando "algum" do comércio varejista, para manter tal safadeza na Internet?



Matéria publicada no Grupo em 1º de março de 2016, aqui:

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