segunda-feira, 11 de julho de 2016

Olimpíadas - Homenagem ao Paganismo - 1ª parte

Olimpíadas - Homenagem ao Paganismo
A chegada da tocha olímpica, acesa no Templo de Hera, em Olímpia na Grécia. 
O atleta, Fritz Schilgen (1906-2005) que  conduziu a tocha em seus momentos finais fez com 
a tocha a saudação nazista.  As Olimpíadas de Berlim foram usadas, pela primeira vez 
na História, como propaganda política. De lá pra cá, todas as suas edições fazem o mesmo
Vídeo disponível no canal Taubaté - SP no Youtube:
https://youtu.be/oKLjVjlPVso.


1ª Parte



O Início
Os Jogos Olímpicos, que acontecem de quatro em quatro anos e que neste ano de 2016 vão acontecer na turbulenta e falida cidade do Rio de Janeiro no Brasil, são uma herança do passado. Mas sobretudo de um passado pagão. Era praticada pelos gregos, inimigos do judaísmo, o então povo escolhido de Deus, com o fim de homenagear os deuses gregos.
Antes da Grécia não haviam jogos Olímpicos. Embora na corte egípcia se jogasse damas e xadrez e o povo em geral brincasse de "cabo de guerra", não era "pra valer". As competições "sérias" mesmo começaram na Grécia. 
Escavações em Olímpia na Grécia mostraram registros de "vencedores" dos jogos naquela cidade em 776 AC. Mas isso não significa que foi nesse ano que as Olimpíadas gregas tiveram início. Elas já poderiam estar sendo praticadas à muito mais tempo, mas não podemos precisar o tempo em que realmente começaram. 
Há um mito, sobre o surgimento das Olimpíadas, que perdura até hoje, dizendo que foi Hércules, filho de Zeus, que depois que terminou os seus "12 trabalhos", construiu o Estádio Olímpico "em honra à Zeus, seu pai", e estabeleceu o costume de realizar ali jogos, de quatro em quatro anos, para "homenagear Zeus e os demais deuses do Olimpo".
Como os mitos são construídos a partir de lembranças de fatos ocorridos no passado, os mitos gregos também floresceram de reservatórios de fatos mais antigos influenciando-lhes a vida civil e religiosa, o que incluía também os seus "esportes". Mas qual foi esse reservatório de fatos antigos que depois se espalharam, fragmentados em mitos, pela humanidade subsequente? 


Os Nefilins

Os "deuses" gregos, assim como seus antecessores egípcios, persas e babilônicos, eram inspirados nos antigos Nefilins, personagens históricos que viveram antes do Dilúvio e que desapareceram nele. 
Os Nefilins eram os filhos dos anjos com mulheres humanas. Eles dominavam a humanidade pré diluviana através do medo, da violência e da crueldade. Segundo o relato bíblico, onde aparecem pela primeira vez em Gênesis 6:1-4, os Nefilins, seres desnaturais, híbridos, filhos de relações não permitidas por Deus, eram tão maus e geraram um pavor tal na humanidade, que esta nunca os esqueceu, perpetuando sua memória até os dias de hoje em lendas, principalmente as que falam de gigantes perigosos. 
A maldade dos Nefilins era tamanha que, mesmo após terem sido extintos no Dilúvio, uns 900 anos anos antes de Moisés, ainda causavam pânico, como atesta um "relato mau" (mentiroso), feito com a intenção de aterrorizar o povo hebreu (Números 13:31-33). 



Da Religiosidade Grega/Romana ao Fim
Da Grécia os jogos Olímpicos passaram para Roma, que, além de adotarem os deuses gregos, reverenciavam os seus próprios (Júpiter, por exemplo) e introduziram a violenta e mortal luta de gladiadores entre os esportes. Os gladiadores, embora fossem escravos, eram também pagãos e se marcavam com cicatrizes e tatuagens, conforme seus desígnios para os jogos. Isso contrariava a ordem bíblica para não marcar o corpo (Levítico 19:28).
Entre os judeus tal hábito pagão não poderia ser tolerado exceto por rebeldia perante a Lei Mosaica. E isso realmente aconteceu. No tempo do reinado de Antíoco Epifânio, em 175 AC, os judeus, cegados pelo helenismo grego introduziram a cultura e as competições gregas em Israel. Construíram até um estádio em Jerusalém e, segundo se declara no livro apócrifo (não bíblico) de 2ª Macabeus 4:12-15, até mesmo os sacerdotes abandonaram o cumprimento de seus deveres sagrados para participarem dos jogos.
A partir do reinado de Nero (37-68 DC), no ano 54 DC, um grande número de cristãos foram assassinados nas arenas romanas durante os Jogos Olímpicos.
Daí os Jogos continuaram até o ano de 393 DC, quando o Imperador Teodósio, dizendo-se "convertido ao cristianismo' (na verdade "ao catolicismo" religião oficial do Império, criada pelo imperador Constantino [272-337] em 325, no Concílio de Niceia) decretou o "fim dos cultos e práticas pagãs" no império, o que incluía os jogos.


O Ressurgimento das Olimpíadas
De Roma, depois de um longo período em que parecia extinto, o evento passou à modernidade. O primeiro reavivamento dos jogos remonta ao Séc XVII. De 1612 à 1642, o advogado inglês Robert Dover (1575-1652) organizou os Jogos de Kotswold, envolvendo corrida de cavalos, esgrima e luta com porretes entre outros. 
Sempre desenvolvendo-se, os jogos passaram a ser internacionais a partir de 1862 e dividiu-se em duas versões: Os Jogos Olímpicos de Verão e os Jogos de Inverno (1924).
Mas foi somente a partir de 1936, em Berlim, que os Jogos Olímpicos ganharam uma nova dimensão. Além de reaver o antigo paganismo grego da ocasião, os jogos passaram a ser motivo de disputas patrióticas e propaganda política dos países em disputa. 
Introduziu-se uma tocha olímpica, que começou a ser acesa no Templo de Hera (tida pelos gregos como "Rainha dos Deuses e protetora da fidelidade conjugal") sendo conduzida a pé até o lugar da realização dos jogos onde então se acenderia a Chama Olímpica, ou o "Fogo de Zeus, roubado por Prometeu". 


A Participação das Igrejas "Cristãs"
Se nos dias atuais as Olimpíadas são o reavivamento do antigo paganismo grego - acrescido da moderna e fraudulenta propaganda política e ganância comercial, por que as igrejas ditas cristãs não aconselham seus membros para não participarem delas? Simples. Elas não são cristãs.
A Igreja Católica, por exemplo, através de seu Papa, "abençoou as bandeiras olímpicas" (aquela dos cinco arcos coloridos, por exemplo, foi idealizada pelo nazismo alemão e perdura até hoje) em cerimônia política realizada no Rio de Janeiro, em julho de 2013. 
A versão "Perseguida" das igreja evangélicas (pelo menos é assim que ela se define) sediada em Florianópolis, diz contar com "atletas cristãos" que participarão dos jogos. Numa interpretação particular de Timóteo 1:7,8, para justificarem sua participação, alegam que Paulo "fez alusão às olimpíadas", dizendo "combati o bom combate". Naturalmente que Paulo não participou de qualquer Olimpíada (que como vimos é uma ocasião pagã). O "bom combate" dito nas palavras de Paulo referem-se à luta espiritual, contra as tentações, que tanto ele como os outros cristãos devem travar. 
Por sua vez a igreja Batista do Rio de Janeiro pretende está formando alianças com outras igrejas "evangélicas" para "evangelizar as olimpíadas" através de um movimento chamado "Braços Abertos". Enfim, com exceção das Testemunhas de Jeová, praticamente todas as outras crenças apoiam direta ou indiretamente essa ocasião pagã. 


:
Cristão Participa das Olimpíadas?
Em vista do que foi tratado aqui, você pode-se perguntar: Posso participar das Olimpíadas, mesmo como torcedor ou assistente e continuar sendo cristão?
Este assunto será tratada na segunda parte dessa matéria. 





Considerações:

1 - Os Nefilins
A palavra hebraica nefi·lím ("derrubadores", "os que fazem os outros caírem"), aparece três vezes na Bíblia. Uma em Gênesis 6:4 e duas em Números 13:33
Mas as versões católicas da Bíblia substituem o nome Nefilins por "gigantes" em Gênesis 6:4 e em Números 13:33 por "da raça dos gigantes". Contudo os textos católicos não lhes tira o caráter de serem diferentes dos demais seres humanos.
Já a versão "evangélica" da bíblia Almeida Revisada - da Imprensa Bíblica - mantém o termo "nefilins" nos dois textos, embora a versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel segue o exemplo dos católicos e também substitui por "gigantes".  
Há diferenças entre gigantes e nefilins. No passado houve homens muito grandes (maiores do que os atuais). Golias, por exemplo, morto por Davi, segundo o relato bíblico, tinha seis côvados e um palmo (o equivalente a 2,9 m) de altura. Um indício do tamanho e da força de Golias era o peso da sua armadura. Sua armadura de cobre pesava 5.000 siclos (57 kg) e a lâmina de ferro da sua lança pesava 600 siclos (6,8 kg). — 1ª Samuel 17:4-7.
No caso dos anaquins ("filhos de Anaque") mencionados no livro de Números 13, estes também eram muito grandes grandes. Porém os anaquins foram derrotados por Josué, em seu avanço por Canaã (Josué 11:21,22). 
Os nefilins, por outro lado eram os únicos chamados de filhos dos "filhos de Deus", ao passo que os homens gigantes não (Gênesis 6:2). Além disso, os nefilins não podiam ser derrotados pelos homens comuns. Somente o Dilúvio os destruiu.
Mas daí pode perguntar: Se os nefilins eram filhos dos "filhos de Deus", quem eram esses "filhos", pais dos nefilins?

2 - Os "Filhos de Deus" - Pais dos Nefilins
Eles não poderiam ser os homens que adoravam a Deus (da linhagem que culminou em Noé e portanto diferentes da humanidade iníqua em geral), conforme alguns afirmam? Pois a Bíblia dá a entender que o casamento deles com as filhas dos homens resultou em atiçar a maldade na terra. 
Além disso, Noé e seus três filhos, junto com as respectivas esposas, eram os únicos no favor de Deus e foram os únicos preservados através do Dilúvio. — Gênesis 6:9; 8:15, 16 e 1ª Pedro 3:20.

E se estes “filhos do verdadeiro Deus” eram apenas homens, surge a pergunta: Por que eram seus descendentes “homens de fama” mais do que os filhos dos dos iníquos, ou mesmo do fiel Noé? Também se poderia fazer a pergunta: Por que mencionar seu casamento com as filhas dos homens como algo especial? Casamentos não eram fatos especiais e ter filhos nesses casamentos também não.

Portanto, os filhos de Deus, mencionados em Gênesis 6:2, são anjos, os espirituais “filhos de Deus”. Esta expressão é  também aplicada aos anjos em Jó 1:6; 38:7

Este conceito é apoiado por Pedro, que fala dos “espíritos em prisão, os quais outrora tinham sido desobedientes, quando a paciência de Deus esperava nos dias de Noé”. (1ª Pedro 3:19, 20). 

Judas também escreve sobre esses "anjos que não conservaram a sua posição original, mas abandonaram a sua própria moradia correta” (Judas 6). 

Os anjos tem o poder de se materializar em forma humana, e alguns anjos fizeram isso para trazer mensagens de Deus. (Gênesis 18:1, 2, 8, 20-22; 19:1-11 e Josué 5:13-15) Mas o céu é a moradia correta das pessoas espirituais não a Terra. No céu os anjos têm, qual uma organização, posições de serviço sob Deus (Daniel 7:9, 10). 
Mas alguns desses anjos abandonaram esta "moradia correta" para morarem na terra e deixaram seu serviço designado para ter relações carnais. Isso equivaleu a uma rebelião contra as leis de Deus, e era perversão.
A Bíblia declara que esses anjos desobedientes não podem mais se materializar em humanos e são agora “espíritos em prisão”, tendo sido ‘lançados no Tártaro’ e ‘reservados com laços sempiternos, em profunda escuridão, para o julgamento do grande dia’. Isto indica também que, embora ainda influenciem a humanidade, se encontram grandemente restritos, incapazes de fazer livremente o que fizeram antes do Dilúvio. — 1ª Pedro 3:19; 2ª Pedro 2:4 e Judas 6.




Continua...


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