Final de Feira
Corpos que voam, vidas sem alento
Se cotovelam na terrível busca
Gemem, imploram no rodeio lento
Pra se apagar o fogo que os chamusca
Ardem entranhas. Aço é o que se come
Talher de pau que corta a podre fruta
Na tentativa de aplacar a fome
Que fere a alma crua que lhes chuta
Esbugalhados olhos, vã labuta
Naquele morro descem, vão sem cor
Estão atrás da refeição futura
Balcões escuros, mãos tremendo e sujas
É inconfundível e acre o doce odor
Da procissão das tristes mil figuras
Acyr - 28/04/2010
Se cotovelam na terrível busca
Gemem, imploram no rodeio lento
Pra se apagar o fogo que os chamusca
Ardem entranhas. Aço é o que se come
Talher de pau que corta a podre fruta
Na tentativa de aplacar a fome
Que fere a alma crua que lhes chuta
Esbugalhados olhos, vã labuta
Naquele morro descem, vão sem cor
Estão atrás da refeição futura
Balcões escuros, mãos tremendo e sujas
É inconfundível e acre o doce odor
Da procissão das tristes mil figuras
Acyr - 28/04/2010